Tampouco Felicidade
Secaram-me os prantos
E sorrisos de tenra idade.
È apenas um... permanecer
Sabe? Constante e sem motivos
Vendo cada dia perecer
Com gestos já inativos...
Será medo? Desmotivação?
...Como explicar o inexplicável?
Paro e olho, não é contemplação
É aceitar o inalcançável...
Sem desespero, não há por que,
Caminho novamente, passos leves
Ao longe um lago frio me vê
Punindo minha condição reles...
Afoga-te! Traduz o vento
Na beira estagno novamente
A alma foge do momento
Sou eu, frio, e minha mente...
Na gélida água, piso descalço
È o certo, confirmo ao corpo
Olho para traz, soa-me tudo falso
A água sobe pouco a pouco...
Surge-me uma centelha de vida
Opondo-se ao gesto desesperado
Deixo que a mente reflita...
Desisto, mas sinto estar errado.
Quando me virá a coragem
ou será apenas covardia?
Ir ao lago parece bobagem
Mas vou lá todo santo dia...
Sandro Sasner
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