Entre bordados e bordéis,
Entre anjos e desbandos,
Entre mandos e demandos.
Eu.
Eu e minha singularidade tola,
A impecabilidade negra,
Que me espreme,
Não me exprime,
Comporta e comprime
Tudo o que eu queria desatar.
Entre sarcófagos e cacófatos,
Entre presídios e dissídios,
Entre a derme e a epiderme,
Entre maurícios e guilhermes
Eu.
Quero um coração de metal!
Corpo, alma e coração de metal.
Presos à imobilidade
E fortes diante da descrença,
Do terror, da indiferença
Da tolice, da revolta.
Firmes diante do amor sem volta.
Entre o desprezo,
O metal.
Entre o egoísmo,
O metal.
A minha frente,
O metal.
Refúgio,
Escudo,
Proteção contra meu excesso de amor.
Ariadene Lima.
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